Nascida em oito de fevereiro de 1913, com 105 anos a descende de alemães, conhecida como Oma, Marta Wollick reside em Pomerode – SC com sua família.

Marta só fala alemão e é considerada uma das catarinenses com maior idade na atualidade.

Mãe de 7 filhos, tem 16 netos, 23 bisnetos e 6 tataranetos.

Olá Marta! Quero que saiba que é um enorme prazer fazer essa entrevista com você.

Saiba também que é a primeira vez que eu faço uma entrevista com tradução, e já agradeço ao seu filho Bruno pela disponibilidade.

Marta minha coluna traz assuntos sobre coaching e eu trago histórias de pessoas que fazem a diferença na vida de outras pessoas ou que tiveram ou tem grande superação na vida.

E você com seus 105 é mais que notável que vem se superando através da sua longevidade.

Marta Wollick

Sandro Ferrari – Marta Wollick, você tem 105 anos, seu filho Bruno me falou que você é considerada hoje uma das catarinenses com maior idade na atualidade. Fale um pouco de você.

Marta Wollick – Nasci em oito de fevereiro de 1913, naquela época não tinha praticamente nada do que temos hoje, nasci em uma casa que tinha aqui ao lado.

Sou descendente de alemães, foram meus avós que vieram da Alemanha.

Desde muito nova trabalhei na roça, nos plantávamos várias culturas para o sustento da família.

Eu casei com 23 anos e meu marido (falecido) também fazia aniversário no mesmo dia que eu.

Tivemos 7 filhos e sempre eu estava muito dedicada para a família.

SF – Hoje em dia se fala muito em cuidar da alimentação, da saúde. Eu tenho uma curiosidade Marta, como era sua alimentação naquela época?

MW – Nós consumíamos apenas o que nós mesmos produzíamos.

Tudo era muito natural, inclusive, até o nosso próprio açúcar era feito em casa.

Eu tinha uma horta onde plantava as verduras que eram consumidas pela família, tínhamos vaca para o leite.

SF – Como é chegar até os 105 anos de idade?

MW – Essa é uma pergunta que muitas pessoas me fazem.

Nunca tive a intenção em viver tantos anos.

Eu mesma não sei dizer como cheguei, apenas o fato de que cheguei e estou aqui.

Quando eu era nova, nunca pensei sobre isso e nunca imaginei que poderia chegar tão longe.

Hoje tenho dificuldades para andar, por isso uso a cadeira de rodas para me locomover, mas de forma geral minha saúde é muito boa eu quase não tomo remédios.

SF – E como é sua rotina?

MW – Quando eu acordo pela manhã, recebo o café da manhã na cama, e fico no quarto até meio dia.

Então eu almoço, dou uma dormidinha e a tarde, tomo um café, e, depois vou para varanda na frente de casa ver o movimento com meu filho Bruno.

SF – Marta agora me diga: o que você sugere ou recomenda para que façamos para chegar aos 105 anos?

MW – Viver em união, sempre estar em família e ajudar os outros.

Eu sempre rezei muito, sou muito religiosa.

Também é importante ter muita paciência.

Oma Marta eu sou muito grato por essa entrevista, ao Senhor Bruno também. Parece que está no sangue a longevidade, pois ele tem 80 anos.

Marta Wollick, muita Gratidão _/\_

Finalizo com o texto de Geraldo Eustáquio de Souza: A Idade de Ser Feliz

Existe somente uma idade para a gente ser feliz somente uma época na vida de cada pessoa.
Em que é possível sonhar e fazer planos e ter energia bastante para realizá-los a despeito de todas as dificuldades e obstáculos.

Uma só idade para a gente se encantar com a vida e viver apaixonadamente e desfrutar tudo com toda intensidade sem medo nem culpa de sentir prazer.

Fase dourada em que a gente pode criar e recriar a vida à nossa própria imagem e semelhança e sorrir e cantar e brincar e dançar e vestir-se com todas as cores e entregar-se a todos os amores experimentando a vida em todos os seus sabores sem preconceito ou pudor.

Tempo de entusiasmo e de coragem em que todo desafio é mais um convite à luta que a gente enfrenta com toda a disposição de tentar algo novo, de novo e de novo, e quantas vezes for preciso.

Essa idade, tão fugaz na vida da gente, chama-se presente, e tem apenas a duração do instante que passa … … doce pássaro do aqui e agora que quando se dá por ele já partiu para nunca mais!

Linda a história de Oma Marta Wollick, não é?

Precisando de algo, conte comigo.

Publicado por

Sandro Ferrari

Coach, Consultor e Pesquisador. Mestre em Administração.Especialista no desenvolvimento de líderes. Minha missão é desenvolver profissionais para que gerem melhores resultados.